Chama-se Modernismo (ou Movimento Moderno) ao conjunto de movimentos culturais, escolas e estilos que premearam as artes, a literatura, a música e até o cinema, na primeira metade do século XX.
Com um final de século conturbado em Portugal e na Europa (“Mapa-cor-de-rosa”, Ultimato Inglês, queda da monarquia e implantação da República, 1ª Guerra mundial, instituição da Ditadura Militar, ascensão do Fascismo e do Estado Novo)o Modernismo não exerceu grande influência na sociedade Portuguesa da época.
Esta corrente artística foi introduzida em Portugal a partir da publicação de uma série de artigos em jornais e revistas da época, das quais se destaca a revista “Orpheu”, considerada marco do Modernismo Português. Embora não tendo exercido grande influência na sociedade, estes novos ideais não foram mal recebidos, não foram ignorados nem vítimas de sarcasmo ou indignação por parte da população.
Este movimento não era fácil de caracterizar devido ao aparecimento de múltiplos submovimentos, os chamados – ismos (cubismo, futurismo, Sensacionismo), em simultâneo a esta corrente, no entanto, pode-se dizer que o Modernismo se baseava na ideia de que as formas “tradicionais” das artes, literatura, música e até da organização social e da vida quotidiana se tinham tornado ultrapassadas. Assim, re-examinou-se cada aspecto da vida para substituir o “antiquado” por novas e possivelmente melhores formas, com vista a chegar ao progresso. Caracteriza-se por uma nova visão da vida, que se traduz, na literatura, por uma diferente concepção da linguagem e por uma diferente abordagem dos problemas que a humanidade se vê obrigada a enfrentar, num mundo em crise.
Como exemplos de artistas desta corrente, temos Almada Negreiros e Picasso (pintura), Charles Chaplin (cinema) e Viana da Mota (música).