- Com a apresentação deste blog concluí que o verdadeiro protagonista de “Memorial do Convento” é o Povo.
- Realizaram grandes feitos, com grande esforço, capacidade e sofrimento para satisfazer as vontades do Rei.
- José Saramago faz uma caricatura da sociedade portuguesa daquela época, ironiza e ridiculariza os elementos da corte, valorizando a importância do Povo que leva uma vida de preocupações.
- A Construção do convento representa a repressão do Homem.
- Gostei de realizar este blog, gostei de realizar a visita de estudo a Mafra.
terça-feira, 8 de fevereiro de 2011
Reflexão final
segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011
Visita a Mafra
No passado dia 28 de Janeiro de 2011, os alunos das turmas E, F e G, dos Cursos Profissionais de nível III, acompanhados das professoras Fátima Santos, Teresa Anastácio e Ana Maria Palma, realizaram uma visita de estudo ao palácio nacional de Mafra. Partimos de Beja pelas 6:45 da manha ,com destino a Mafra.
Chegamos ao Palácio Nacional de Mafra 15 minutos antes da abertura.
Tínhamos um guia à nossa espera que nos acompanhou durante a visita, mas também deu muitas informações úteis. Começou por nos falar sobre o palácio e sua construção, dizendo também que foi mandado construir por D.João V, como finalidade de cumprir uma promessa,
O Convento de Mafra é o mais importante monumento Barroco Português. O conjunto arquitectónico desenvolve-se simetricamente a partir de um eixo central, a basílica, a principal de uma longa fachada ladeada por dois torreões, localizando na sua zona posterior o recinto conventual da ordem de S. Francisco. A direcção da obra coube a João Frederico Ludovice que adoptou o modelo barroco classizante, com alguma influência germânica. As obras iniciaram-se em 1717, ano do lançamento da primeira pedra, e a 22 de Outubro de 1730, dia do 41º aniversário do rei D. João V fez-se a inauguração da basílica. Este Palácio-Convento possui uma das mais importantes bibliotecas portuguesas e também aqui funcionou a Escola de Escultura de Mafra por onde passou Machado de Castro.
Depois de uma breve explicação, seguimos para o convento, entramos na basilica e o guia informou-nos que a basilica possui um conjunto sonoro de seis órgãos, únicos no mundo, para os quais existem partituras que só aqui podem ser executadas. Os Carrilhões, encomendados por D. João V, são considerados como os melhores do mundo. Têm em conjunto 92 sinos e pesam cerca de 217 toneladas no total, a Basílica possui 11 capelas com 450 esculturas de mármore, 45 tribunas e é servida por 18 portas. Todas as cerimónias da Basílica eram acompanhadas de canto Gregoriano. D. João V, apreciador da mesma arte, reunia-se com frequência com os frades, chegando a cantar com eles no coro da Basílica.
Seguindo caminho, passamos pela biblioteca, onde se encontra a maior parte dos livros que foram encomendadas por D. João V e versam temas diversos como Direito Civil e Eclesiástico, Medicina ou Física Experimental. Existem cerca de 38.000 exemplares. Para a sua conservação contribuem os morcegos, que não permitem que as traças destruam as obras.
Chegando ao final da visita guiada pelas 12h30m,tivemos um tempo para almoçar mas também visitar a vila de Mafra.
Durante a parte da tarde, pelas 14h30m voltamos ao palácio para assistir a uma peça de teatro sobre a obra “Memorial do Convento” de José Saramago.
Gostei muito de assistir ao espectáculo, gostava de voltar a realizar mais visitas de estudo, mas visto que a disciplina de Português esta a terminar isso já não será possível.
quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011
LINGUAGEM E ESTILO
Uma das características mais notórias de José Saramago é a utilização peculiar da pontuação.
Principal marca: nas passagens do discurso directo: -Eliminação do travessão e dos dois pontos; -A substituição do ponto de interrogação e de outros sinais de pontuação pela vírgula; -Sendo o início de cada fala apenas assinalado pela
Uma das características mais notórias de José Saramago é a utilização peculiar da pontuação.
Principal marca: nas passagens do discurso directo:
-Eliminação do travessão e dos dois pontos;
-A substituição do ponto de interrogação e de outros sinais de pontuação pela vírgula;
-Sendo o início de cada fala apenas assinalado pela
Convento de Mafra
Mandado construir por D. João V, o Real Convento de Mafra é o mais importante monumento Barroco Português. O conjunto arquitectónico desenvolve-se simetricamente a partir de um eixo central, a basílica, a principal de uma longa fachada ladeada por dois torreões , localizando na sua zona posterior o recinto conventual da ordem de S. Francisco A direcção da obra coube a João Frederico Ludovice que adoptou o modelo barroco classizante, com alguma influência germânica. As obras iniciaram-se em 1717, ano do lançamento da primeira pedra, e a 22 de Outubro de 1730, dia do 41º aniversário do rei D. João V fez-se a inauguração da basílica. Este Palácio-Convento possui uma das mais importantes bibliotecas portuguesas e também aqui funcionou a Escola de Escultura de Mafra por onde passou Machado de Castro.
Têm em conjunto 92 sinos e pesam cerca de 217 toneladas.
Foram encomendados por D. João V e são considerados entre os melhores do mundo. Tocam valsas e contradanças.
A existência de morcegos na Biblioteca chama a atenção dos visitantes, tanto mais que estes contribuem para a conservação dos livros.
Simbolos
Número sete - representa a totalidade do universo
- Somatorio dos quaro pontos cardeais com a trindade divina
Número Nove -Representa a gestação, renovaçao e o renascimento
- Blimunda procura Baltazar durante nove anos
Passarola- Concebida como a "Barca Voadora" Simboliza o elo de ligação entre o ceu e
a terra
- Somatorio dos quaro pontos cardeais com a trindade divina
Número Nove -Representa a gestação, renovaçao e o renascimento
- Blimunda procura Baltazar durante nove anos
Passarola- Concebida como a "Barca Voadora" Simboliza o elo de ligação entre o ceu e
a terra
Espaço Físico
Os macroespaços físicos privilegiados pela acção são; Lisboa e Mafra.
- Terreiro do Paço
- Rossio
- São Sebastião da Pedreira
- Odivelas
- Xabregas
- Azeitão
- Alto da Vela
- Pêro Pinheiro
- Serra do Barregudo, no Monte Junto
- Torres Vedras
Tempo da História
A passagem do tempo está assinalada por marcos cronológicos explícitos e implícitos.
- 1711 – início da acção; D. João V promete erguer o Convento de Mafra caso tenha um filho no espaço de um ano
- 1717 – início das obras de construção do Convento, com a bênção da primeira pedra
- 1723 – surto de febre amarela em Lisboa
- 1724 – furacão em Lisboa (19 Novembro)
- 1729 – casamento dos príncipes
- 1730 – sagração da Basílica de Mafra no dia do 41º aniversario de rei (22 Outubro)
- 1739 – “Durante nove anos, Blimunda procurou Baltasar”; reencontra Baltasar num auto-de-fé (18 Outubro)
O tempo da história dura 28 anos, entre 1711 e 1739.
Personagens "Memorial do Convento"
Rei D. João V
- rei absoluto por direito divino
- vaidoso e arrogante
- personagem adúltera, com dissolução moral, dado ao amor sensual e carnal
- megalómano e egocêntrico (“Medita D. João V no que fará a tão grandes somas de dinheiro, a tão extrema riqueza”)
- não tem qualquer laço afectivo com a rainha
Rainha D. Maria Ana Josefa
- esposa de D. João V
- dedicada, obediente e respeitadora
- mulher passiva, apática e infeliz
- cumpre as regras e deveres de rainha, mas não ama o marido
- devota, piedosa e frequentadora assídua de confrarias e igrejas paroquiais
- peca duplamente: sonha com o cunhado D. Francisco e esconde essa fantasia do seu confessor
Blimunda
- mulher misteriosa de olhos fascinantes e cor indefinida
- poder extraordinário de ver o interior dos corpos e da terra
- dotada de vidência
- discreta, decidida, perspicaz, intuitiva, forte, inteligente, fiel e inabalável no amor
- dotada de pensamento lógico
- representa a força que permite ao povo a sobrevivência, assim como contestar o poder e resistir
Baltasar Mateus
- homem do povo, nascido em Mafra
- sem a mão esquerda, perdida na guerra e substituída por um gancho: «pedia esmola em Évora para juntar as moedas que teria de pagar […] fazer as vezes da mão»
- trabalhador, rude, antes de conhecer Blimunda e guerreiro
- homem apaixonado e encantado
- o amor por Blimunda eleva-o espiritualmente
- sonhador – partilha do sonho do Padre de construir a passarola, ajuda-o na sua construção e participa no voo “inaugural”
- conhece Blimunda num auto-de-fé em Lisboa
- vai envelhecendo ao longo da história
Padre Bartolomeu Lourenço de Gusmão
- capelão e orador na corte
- pregador talentoso (“comparado ao Padre António Vieira”)
- angustiado pelas dúvidas religiosas
- homem culto (“doutor em canonês”) e dado a experiências aerostáticas
- sonhador, visionário e, por isso, perseguido pela Inquisição
- tem o apoio do rei D. João V
- constrói o seu projecto na quinta do Duque de Aveiro, em S. Sebastião da Pedreira
- era apelidado de Voador, pelas suas ideias
- assolado pela complexidade e excentricidade, sendo um homem fragmentário e atormentado
Domenico Scarlatti
- músico italiano, talentoso, culto e sonhador
- de espírito esclarecido
- professor da princesa D. Maria Bárbara, pela qual veio para Portugal
- “rosto comprido, boca larga e firme, olhos afastados e nascido em Nápoles há 35 anos”
- conhece e partilha o segredo da construção da passarola
- representa a arte, é a sua música que cura Blimunda
- ao ver partir a passarola esconde/atira o cravo para dentro do poço, em Monte Junto, local onde permanece eternamente
O Povo
Populares anónimos, analfabetos e oprimidos
Trabalhadores humildes
Sacrificados e sujeitos à exploração dos poderosos
Elevados a herói pelo narrador
O Povo
Populares anónimos, analfabetos e oprimidos
Trabalhadores humildes
Sacrificados e sujeitos à exploração dos poderosos
Elevados a herói pelo narrador
terça-feira, 25 de janeiro de 2011
Bibliografia José Saramago
Poesia
- Os Poemas Possíveis, 1966
- Provavelmente Alegria, 1970
- O Ano de 1993, 1975
- Deste Mundo e do Outro, 1971
- A Bagagem do Viajante, 1973
- As Opiniões que o DL teve, 1974
- Os Apontamentos, 1976
- Cadernos de Lanzarote I, 1994
- Cadernos de Lanzarote II, 1995
- Cadernos de Lanzarote III, 1996
- Cadernos de Lanzarote IV
- Viagem a Portugal, 1981
- A Noite, 1979
- Que Farei Com Este Livro?, 1980
- A Segunda Vida de Francisco de Assis, 1987
- In Nomine Dei, 1993
- Objecto Quase, 1978
- Poética dos Cinco Sentidos - O Ouvido, 1979
- Manual de Pintura e Caligrafia, 1977
- Levantado do Chão, 1980
- Memorial do Convento, 1982
- O Ano da Morte de Ricardo Reis, 1984
- A Jangada de Pedra, 1986
- História do Cerco de Lisboa, 1989
- O Evangelho Segundo Jesus Cristo, 1991
- Ensaio sobre a Cegueira, 1995
- Terra do Pecado
- Todos os Nomes
Biografia de josé Saramago
José Saramago nasceu na aldeia ribatejana de Azinhaga, concelho de Golegã, no dia 16 de Novembro de 1922, embora o registo oficial mencione o dia 18. Seus pais emigraram para Lisboa quando ele ainda não perfizera três anos de idade. Toda a sua vida tem decorrido na capital, embora até ao princípio da idade madura tivessem sido numerosas e às vezes prolongadas as suas estadas na aldeia natal. Fez estudos secundários (liceal e técnico) que não pôde continuar por dificuldades económicas.
No seu primeiro emprego foi serralheiro mecânico, tendo depois exercido diversas outras profissões, a saber: desenhador, funcionário da saúde e da previdência social, editor, tradutor, jornalista. Publicou o seu primeiro livro, um romance ("Terra do Pecado"), em 1947, tendo estado depois sem publicar até 1966. Trabalhou durante doze anos numa editora, onde exerceu funções de direcção literária e de produção. Colaborou como crítico literário na Revista "Seara Nova".
Em 1972 e 1973 fez parte da redacção do Jornal "Diário de Lisboa" onde foi comentador político, tendo também coordenado, durante alguns meses, o suplemento cultural daquele vespertino. Pertenceu à primeira Direcção da Associação Portuguesa de Escritores. Entre Abril e Novembro de 1975 foi director-adjunto do "Diário de Notícias". Desde 1976 vive exclusivamente do seu trabalho literário.
No seu primeiro emprego foi serralheiro mecânico, tendo depois exercido diversas outras profissões, a saber: desenhador, funcionário da saúde e da previdência social, editor, tradutor, jornalista. Publicou o seu primeiro livro, um romance ("Terra do Pecado"), em 1947, tendo estado depois sem publicar até 1966. Trabalhou durante doze anos numa editora, onde exerceu funções de direcção literária e de produção. Colaborou como crítico literário na Revista "Seara Nova".
Em 1972 e 1973 fez parte da redacção do Jornal "Diário de Lisboa" onde foi comentador político, tendo também coordenado, durante alguns meses, o suplemento cultural daquele vespertino. Pertenceu à primeira Direcção da Associação Portuguesa de Escritores. Entre Abril e Novembro de 1975 foi director-adjunto do "Diário de Notícias". Desde 1976 vive exclusivamente do seu trabalho literário.
quarta-feira, 5 de janeiro de 2011
Refecção final
Gostei muito deste modulo
O que gostei mais de fazer neste modulo foi
ver o filme da obra "Felizmente há luar ", acho que com o filme se percebe melhor a obra
do que ler a obra
O que gostei mais de fazer neste modulo foi
ver o filme da obra "Felizmente há luar ", acho que com o filme se percebe melhor a obra
do que ler a obra
Estrutura externa e Estrutura interna
Exposição - Acto I; apresentação das personagens e da época em que a acção decorre (referência às invasões francesas, à ausência do Rei D. João VI, ao poder militar britânico).
Conflito - Acto I; acção dos delatores e do poder instituído, organização da prisão de Gomes Freire. Climax do texto; Acto II; prisão do General Gomes Freire d´ Andrade.
Desenlace - Acto II; morte do General Gomes Freire d´ Andrade em S. Julião da Barra.
Paralelismo Histórico
1817
- hipocrisia da sociedade
- povo oprimido e resignado
- clima de suspeição e denúncia
- luta contra o regime absolutista
- passividade e obscurantismo
- regime absolutista e tirânico
1961
- denúncia da hipocrisia social
- povo oprimido e explorado
- clima de medo e denúncia
- luta contra o regime ditatorial e totalitário
- ignorância e revolta
- regime ditatorial
Classificação da obra
Trata-se de uma drama narrativo de carácter épico que retrata a trágica apoteose do movimento liberal oitocentista, em Portugal. Apresenta as condições da sociedade portuguesa do séc. XIX e a revolta dos mais esclarecidos, muitas vezes organizados em sociedades secretas. Segue a linha de Brecht e mostra o mundo e o homem em constante transformação; mostra a preocupação com o homem e o seu destino, a luta contra a miséria e a alienação e a denúncia da ausência de moral; alerta para a necessidade de uma sociedade solidária que permita a verdadeira realização do homem.
De acordo com Brecht, Sttau Monteiro proporciona uma análise crítica da sociedade, mostrando a realidade, do modo a levar os espectadores a reagir criticamente e a tomar uma posição.
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